terça-feira, 8 de abril de 2014

As trapalhadas de uma operação

Tem horas na vida que é melhor rir do que levar a sério.
Acho que esse é o caso.
Sexta feira, dia 4 de abril, fui operada da vesícula.
O dia amanheceu chuvoso. Meu filho Ivan e minha comadre Estrela foram comigo. Chegamos na hora marcada e uma fila imensa para a internação. 
Para fazer a ficha já foi uma pandega, a gentil atendente queria escrever meu nome errado. Na ficha do plano de saúde os nomes saem grudados e ela queria escrever meu nome assim e eu explicando para ela que era um problema do computador, que meu documento estava certo e meus exames também portanto eu não iria assinar uma ficha de internação com o meu nome errado. Nisso toca o telefone, ela avisa que eu ainda estou fazendo a ficha e a enfermeira do centro cirúrgico falando que eu já devia estar lá. Lógico que colocaram alguém na minha frente. Após se convencer, fez a ficha e subimos. Já tínhamos até o número do quarto.
Fomos conduzidos a uma sala que dá para uma das portas de um dos centros cirúrgicos, nela já estava uma criança na maca e sua mãe, algumas cadeiras e ainda entremos nós três e mais uma senhora com o filho. Havia um banheiro onde nós duas nos trocamos, sendo este bem inadequado para se colocar uma roupa para ir a um centro cirúrgico onde eu, simples leiga, ainda penso que deva ser um local esterilizado. Bem, me troquei e subi na maca, beijinhos para todos e lá fui eu ficar no corredor que dá acesso as salas de cirurgias propriamente dita. Passou o tempo, passou, e eu lá esperando. Daqui a pouco aparece o médico dizendo que estavam limpando a sala e eu seria a próxima. 
Entrei na sala totalmente acordada, sendo que na entrevista com o anestesista, estava indicado que tomaria um remédio meia hora antes da operação, mas já que não havia tomado, agora não dava mais tempo. E lá estou eu escutando a anestesista explicar para os residentes como se anestesia uma pessoa. Até brinquei que como ela estava explicando, a cobaia não ia ser eu e sim os próximos pacientes.
Acabei dormindo e quando acordei já tinha terminado.
Nesse meio tempo, informaram que a minha operação já havia acabado, minha comadre, espertinha, já viu que algo estava errado. Trocaram Rose Mary por Raimunda. Que beleza!!! Pelo menos os dois nomes começam com R. Ainda bem que pelo menos a operação dela também deu certo senão além dos nomes as notícias também seriam trocadas.
Depois papai e mamãe também estiveram por lá. 
Passei o dia bem e no início da noite tive alta.
Aí outro susto, peguei a papelada e no relatório médico constava que haviam realizado uma biopsia do fígado, que eu não sabia que seria realizada e com necessidade de 60 dias de afastamento; na outra folha, do atestado médico, 13 dias de afastamento. 
Fui para casa com a Nadia e estou cá até agora.
Uns dizem que o procedimento é normal e que ele esqueceu de avisar mas mesmo assim não gostei nada disso e acabo de saber que o resultado só daqui a 20 ou 30 dias. Por que não deixou meu fígado em paz???? Para mim se fez é porque tem algo errado, se estivesse bom tinha deixado quieto. Se o procedimento é normal então estão fazendo algo totalmente desnecessário quando o órgão não tem problema, além de poder ainda causar algum.
Portanto, para rir, me troquei em um local totalmente impróprio, esqueceram de me dar o remédio, trocaram meu nome, tenho duas datas de afastamento e ainda fizeram uma biopsia sem a minha autorização. É mole?
Isso é a nossa medicina atual.
Pelo menos estou por aqui escrevendo e rindo da pataquada toda.
Obrigada meu Deus pelas ótimas companhias que tive e por ter saído viva de lá.




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